O Zimbabwe alcançou sua independência em 1980, quando assumiu a liderança Robert Mugabe, presidente até hoje. Inicialmente de ideal marxista, Mugabe abandonou tal ideia depois do enfraquecimento da URSS. Hoje vive dos lucros da corrupção (tem esquemas de venda de minérios do país, sendo considerado um dos governos mais corruptos da África), enquanto a população do Zimbabwe passa fome e é reprimida.
Em 2002, Mugabe foi acusado de fraudar as eleições, fato que não o impediu de manter seu governo antidemocrático e autoritário. Destarte, desde então ele é proibido de entrar nos EUA ou na UE (União Européia).
Em 2008, fato inédito aconteceu, a oposição alcançou mais votos que a situação, entretanto, não obteve mínimo de 50% de votantes. Seu candidato rival (Tsvangirai) saiu do país ameaçado de morte, com medo de voltar para o segundo turno. Tentou de todas as formas voltar já como presidente do seu país, mas não foi bem sucedido. A Comissão Eleitoral do Zimbabwe julgou necessário o segundo turno. Sendo assim, Tsvangirai renunciou sua candidatura, deixando Mugabe vencer pela sexta vez as eleições à presidência. São 31 anos no poder (completados no dia 18 de abril).
A moeda, depois de anos de inflação (o governo chegou a imprimir cédula de bilhões, fazendo os "bilionários" do zimbabwe passarem fome) foi abolida. O país hoje não tem moeda própria. A perseguição política à oposição e outros problemas foram mostrados em 2008 pelo Jornal Nacional por 2 ou 3 dias, logo depois deve ter vindo algum caso de uma morte no Rio de Janeiro que casou comoção nacional e a Globo se aproveitou por um mês até ninguém aguentar mais falar sobre aquela morte isolada.
Bem, para se salvar da turbulência, Mugabe nomeou Tsvangirai como primeiro-ministro. Durante dois anos então passou-se a viver um momento de pequeno progresso no país. Já no final de 2010, a coisa desandou novamente, vez que Mugabe usou o Wikileaks para investigar seu primeiro-ministro, e este retratou dificuldades ao presidente angolano (quando teve oportunidade de visitar tal país).
Por fim, as últimas notícias do Zimbabwe são que (ADVINHEM!) Robert Mugabe foi nomeado candidato do seu partido para as eleições de 2011, que ele pretende realizar em junho, enquanto Tsvangirai acredita que elas só sejam possíveis depois de mudanças fundamentais, como uma nova Constituição. Na economia, o banco central demitirá 1.600 trabalhadores (o país tem pouco mais de 12 milhões de habitantes). Pode-se considerar pobreza por um lado, mas por outro, estão tentando reduzir a dívida e lançar a economia novamente.
E enquanto isso, Mugabe esteve duas vezes no vaticano: uma quando o papa João Paulo II morreu em 2005; e outra esse mês na sua beatificação. O Vaticano mantém relações diplomáticas com o Zimbabwe, e segundo legislação específica, os visitantes autorizados pelo Vaticano, mesmo que proibidos de entrar na UE, têm direito a desembarcar em Roma.
Triste pensar: estou mais longe que Robert Mugabe de alcançar meu lugar no céu.
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